Blog do Pai de Santo

01/04/2024 in Sem categoria

MISTIFICADORES DE CABOCLOS. Que tipo de Umbanda é essa?

Mistificadores de Caboclos

Oxossi é um dos grandes Orixás da Umbanda, é respeitadíssimo nos nossos templos por todos os seguidores umbandistas. Ele é invencível em qualquer demanda espiritual, e os caboclos seus enviados, transmitem aos seguidores do culto uma força tremenda. O caboclo assumiu em nossos templos a figura de nosso pai biológico, ou seja, aquele homem que queremos ter ao nosso lado, com seu braço sempre forte a nos amparar nos momentos mais difíceis de nossas vidas.

E esse sentimento emana de Oxossi

Na Umbanda existe o ditado “filho de Umbanda não cai” existem centenas de pontos cantados que ensinam isso, no entanto, isso vale apenas para os filhos corretos, não há como receber benefícios de um Orixá ou de seus enviados, se uma pessoa não tem boa conduta moral.
Os caboclos são espíritos puros, muito altivos e enérgicos, mas também muito simples. Essa simplicidade, bondade e força, faz com que se afastem dos templos que tentem mudar essa imagem que deles irradia. Leia os dois relatos a seguir e depois raciocine.

Certa vez vi um terreiro na praia desenvolvendo os seus trabalhos, o terreiro chamava a atenção por ser muito decorado, muito grande em área e muito pequeno em participantes.
Na corrente meia dúzia de médiuns estavam vestidos de verde, com longas capas finamente bordadas e garrafas de vinho na mão, o que já estava errado.

Em dado momento, entre eles, um tal cacique incorporado(?) apanhou uma lança e dirigiu-se a multidão que estava em volta do terreiro assistindo ao trabalho e começou a ameaçar o povo com a lança. Quando ví a cena comecei a rir, aquilo não era um caboclo, lá não havia caboclo algum, na realidade havia um palhaço mostrando ao povo a total ignorância  em relação as nossas práticas.

Lá não havia um caboclo e sim, um idiota mistificador!

Esse tipo de gente não pode ser chamada de umbandista; na realidade são palhaços, não são umbandistas. Deveriam cobrar ingressos para se apresentarem na praia, um palhaço de circo não faria melhor.

Mais a frente andando em meio às tendas, tomei um tremendo susto quando topei de frente com um rapaz negro, de grande estatura, sem camisa, com uma calça verde de cetim enrolada até os joelhos e com um enorme penacho verde que ia da cabeça aos pés.
O pseudocaboclo dava tremenda bronca em seu cambono, que corria atrás dele lhe pedindo desculpas.
Fui atrás para ver aonde iam, algumas tendas a frente entraram em seu terreiro e lá todos os médiuns estavam vestidos da mesma forma, sem camisa, com a calça enrolada, com grandes penachos, arcos e flechas.
Aquilo não era Umbanda, lá não haviam caboclos e aquelas pessoas que se diziam médiuns, deveriam estar no circo ou então, no hospício.
Onde estava a mente daquelas pessoas, apresentaram-se quase nus para uma reunião religiosa mostrando coisas que só existem em suas pequenas e fantasiosas mentes, aquelas pessoas desconheciam que só existe uma conduta que os caboclos adotam, a moralidade.

Se os nossos índios quando encarnados andavam nus, isso para eles era natural e moral, porém, isso não quer dizer que hoje como Guias de Umbanda adotem a mesma indumentária. ISSO NÃO EXISTE!

Raciocine comigo;

Imagine se uma cabocla incorporar em um médium feminino, essa médium deverá então permitir a incorporação seminua, com os seios e as pernas a mostra?

Dessa porcaria a Umbanda está repleta, essa gente mostra ao povo que ignora as nossas práticas, justamente o que não somos e nunca praticamos. 
Embora essa cena seja absurda, não duvide que alguma maluca não o faça!
Já ví a representação de uma pomba gira, beijar na boca a representação de um exu. E isso na frente de todos e sem cerimonia. 
Pensei em colocar fogo no local, mas não foi preciso, pegou fogo sózinho.
Acredito que os exus dos quais adotavam os nomes para praticar as baixarias, acabaram com a bagunça incendiando a espelunca.

Sei que no momento oportuno ocorrerá a separação do joio e do trigo no ambiente umbandista e desejo ardentemente ver esse dia chegar.
Embora eu seja filho de Ogum, dirijo um Templo de Umbanda consagrado a Oxossi e tenho por Ele um grande respeito, no NUSS não somos os donos da verdade, mas impeço a implantação de tudo aquilo que ví de errado e absurdo nas visitas que realizei a outros terreiros.

Certa vez ouvi de uma nova frequentadora que pertencia a outra casa a seguinte frase:

Que mal existe em fazer no terreiro uma feijoada para os Pretos Velhos?

Respondi:

Tem tudo de mal, espiritos não comem e o chão sagrado do Gongá não é restaurante, se quer fazer uma feijoada, que façam no local adequado!

Entende agora!

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