Blog do Pai de Santo

17/04/2024 in Sem categoria

Farsantes que se dizem médiuns

Luzes da Ribalta

(Desejam apenas as luzes da ribalta!) 

Na atualidade como nunca no passado, as redes sociais invadem nossas vidas com seus vídeos e mensagens, muitos de origem e ensinamentos duvidosos, farsantes de todo tipo chegam até nós por esse caminho. 

Hoje no nosso ambiente o que mais se vê são vídeos mostrando apenas entidades com indumentárias nada comuns em nossos rituais. 

No lugar do tradicional “branco” se valem das roupas vistosas e coloridas, e propagam anúncios convidando as pessoas a comparecerem aos rituais, mas sempre com linhas de esquerda, onde dançam e cantam alegremente.

Em visita a um desses locais havia na porta de entrada uma placa com avisos alertando aos frequentadores sobre roupas inadequadas, coisa do tipo:

“Não permitimos a entrada de mulheres usando mini saia, roupas muito justas, decotes grandes, tomara que caia, blusa de alcinhas, etc.”!

“E não ingerir bebidas alcoólicas quando comparecerem aos trabalhos”!

Pois bem, iniciada a abertura dos trabalhos que foi feita normalmente, em seguida teve inicio a incorporação da entidade da mãe de santo, mas a indumentária dela feria os procedimentos exigidos aos frequentadores da casa, a pomba gira vestia um vestido longo, vermelho, muito justo e com “decote tomara que caia”!

Em seguida entregaram em suas mãos uma garrafa de champanhe!

E a tal pomba gira começou a dançar e girar alegremente no gongá segurando a garrafa, as jovens sentadas na assistência ficavam maravilhadas com o que estavam assistindo.

Os pontos cantados tinham letra ameaçadora, coisas do tipo: matei meu marido com 7 facadas, etc.

Vamos analisar:

Um ambiente se diz religioso e templo de Umbanda também é uma igreja, as pessoas procuram a Umbanda por saberem que a Umbanda se dedica a ajudar as pessoas que procuram por nossos templos, desta forma, deveriam ouvir mensagem de encorajamento e não:

Vou destruir seus inimigos!

Vou destruir os inimigos da Umbanda!

Como assim destruir?

A Umbanda não destrói nada e a Umbanda não tem inimigos, não há porque um local destinado ao bem das pessoas que vão a esse local, fazer o mal aos que lhe são adversários em qualquer nível e ter por lá, espíritos que se dediquem a fazer o mal.

O mesmo procedimento ocorreu com a linha seguinte, a linha dos malandros, que desenvolveu seu comparecimento regado a cerveja e cachaça.

Chamado para conversar com o tal malandro que se disse chamar Zé Navalhada, (que deveria saber quem eu era), perguntei a ele qual o objetivo de sua linha nos trabalhos e ouvi o seguinte relato dele, já bem alcoolizado:

Quando estava na Terra vivia na favela, fiz muitas coisas erradas na vida, namorei muitas mulheres na boemia, fui ladrão, fui traficante, fui drogado, fui alcoólatra, troquei tiros com a polícia,  fui preso, etc, mas hoje uso o que vivi (a malandragem) para ajudar as pessoas!

Como assim ajudar as pessoas?

Após a morte continuamos a ter a mesma índole e o mesmo caráter, nada mudará o que somos, aquele espirito era um farsante, seu objetivo no local era o vampirismo das energias no ambiente, ele não estava lá para ajudar ninguém, ele queria apenas se abastecer das energias armazenadas no ambiente, já que o seu perispírito que carregava os traços de seus vícios, precisava se reabastecer.

O local era uma farsa!

De outra vez em visita a um terreiro chefiado por um “preto velho” de inicio nada vi de anormal, as pessoas foram atendidas dentro dos procedimentos considerados normais para essa linha. Resolvi ficar até o final e fiquei decepcionado com o que vi.

No final o tal preto velho pediu para os médiuns da casa escrevem num papel o nome de seus inimigos ou pessoas com quem tinham alguma diferença.

Em seguida ordenou que uma lata grande fosse colocada no meio do gongá e mandou que os papeis fossem jogados na lata e sem seguida disse:

– Joguem álcool na lata e acendam o fogo por que eu vou queimar os inimigos de todos vocês!

Como assim vou queimar?

Os pretos velhos são ferrenhos defensores do Evangelho de Jesus e pregam o perdão das ofensas, aquele procedimento retrata apenas uma coisa:

– Eram todos mistificadores, os médiuns e o mundo espiritual presente no local!

Para os infelizes frequentadores vale esta frase do Exu da Capa Preta:

“Quem procurar água no esgoto não encontrará o que beber!”

Vou explicar:

– Quem procura por água é porque está com sede, se é num local religioso é porque está com sede de ajuda espiritual, conforto e coragem para vencer seus obstáculos do dia a dia.

Mas se procurar no local errado não encontrará o que procura, na fossa não existe água, num local errado não existirá a ajuda, existirá apenas podridão moral!

“Que cada um receba de acordo com sua obra e que seja levado ao seu lugar de direito!”

(Caboclo Arranca Toco)

 
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