Comentários do Pai de Santo

Dos nossos rituais aproximam-se um sem fim de pessoas, muitas das vezes desesperadas, em busca de solução para problemas de todas as ordens, sejam eles emocionais, espirituais, financeiros, espirituais, etc. 

As pessoas procuram pelas religiões, na grande maioria dos casos, quando a sua vida material não vai bem ou quando as doenças chegam. Essa situação, às vezes, muito ingrata, faz com que exploradores da fé alheia se aproveitem da situação de dor dos que para essas igrejas se dirijam. Isso ocorre em todas as igrejas, porque sempre existiram e sempre existirão os “fariseus”.

[Fariseus (do hebreu “parush” = divisão, separação). Os fariseus juntamente com os escribas tinham a função de explicar as leis de Moisés ao povo. Os fariseus tinham no Templo de Salomão reconstruido pelo rei Herodes um meio de vida e Jesus dedicou praticamente sua existência na luta para desmascará-los, tendo em vista a hipocrisia que lhes era nata. Por esse motivo, seu maior dirigente na época, conhecido como Caifás, iniciou juntamente com os demais fariseus a trama que culminou com a crucificação e a morte de Jesus].

Os rituais em templos verdadeiros de Umbanda podem se apresentar com rituais diferenciados de um templo para outro, isso não desmerece nenhum de  nossos templos. Ocorre que, em alguns templos mal dirigidos ou dirigidos por ignorantes em nossas práticas, podem permitir a ocorrência de uma série de condutas reprováveis e para tanto informamos o que um templo de Umbanda nunca deve permitir.

O que a Umbanda não pratica:

Não atende relacionamento amoroso (conhecido como amarração)

Pode ajudar apenas a casamentos em dificuldades ou noivados sérios em dificuldades. Fora dessas condições, os Guias de Umbanda (quando verdadeiros) repelem consulentes que os procurem em busca de baixarias ou imoralidades.
 
Se em templo que se diz de Umbanda, esse procedimento ocorrer, isso indica que esse templo não é de Umbanda e sim, um local onde reina a pura patifaria.
 
Os que para lá se dirigem em busca das amarrações ou simpatias para o amor, acabam sendo explorados financeiramente e viverão situações ainda muito piores e degradantes.
 
Se um templo trabalha com linha de espíritos, sejam elas quais forem e que atendam a esse tipo de conduta: ESSE TEMPLO NÃO É DE UMBANDA.
 
 
Não maltrata aos animais e nunca os sacrifica

A Umbanda prega o amor ao próximo e os animais nos são muito próximos. Aprendemos com nossos Guias que nos corpos dos animais habitam espíritos embrionários, portanto, a Umbanda não permite os sacrificios.

Alguns dizem:

“Mas você não come carne? Se come, então algum animal foi sacrificado”!

Em nosso mundo de precária evolução espiritual, a carne ainda alimenta a carne. Só que existe uma enorme diferença entre sacrificar um animal para usá-lo como alimento (o que já é errado) e usá-lo para saciar a sede por tônus vital por parte de espíritos malignos.

No Candomblé os sacrificios fazem parte de seus dogmas que devem ser respeitados, mesmo porque, após os sacrificios os animais serão consumidos pelos adeptos da casa, tal qual fazemos em nossas casas, restaurantes, etc.

Nessa situação quando um animal é usado como alimento, o animal cedeu a sua vida para que a do homem possa prosseguir, agora, matar um animal em meio às matas ou nas encruzilhadas ou ainda pior, nas tronqueiras, como o fazem a Quimbanda e a Kiumbanda, deixando suas carcaças apodrecendo é bestial.

Se um templo sacrifica animais, ESSE TEMPLO NÃO É DE UMBANDA, não importando o que aleguem seus dirigentes.

Nunca esqueça:
“Se mata bicho, não é Umbanda”!

Não fará mal ao seu chefe, sócio, colega de trabalho, vizinho, etc, porque a Umbanda não pratica maldades de espécie alguma

Pequenas mentes deveriam habitar pequenos corpos. Infelizmente algumas mentes muito pequenas habitam corpos humanos e temos que conviver ao lado delas. Muitos se dirigem aos nossos templos em busca do MAL AO PRÓXIMO e esses se dão muito mal em suas vidas com essa atitude.
Em média, dentro de um trabalho normal, nossos Guias e protetores dispõem de aproximadamente três horas para permanecerem incorporados em nosso mundo. Se comparecem ao nosso mundo, são enviados por Deus com o único objetivo de nos fazer encontrar com Deus primeiramente e como tal devem ser respeitados. Procurar um de nossos templos para pedir o mal de alguém é uma tremenda falta de respeito, até com o próprio dirigente e os demais trabalhadores desse templo. Se um templo que se diz de Umbanda, fizer ou insinuar que pode fazer o mal para alguém. ESSE TEMPLO NÃO É DE UMBANDA.
 
Não o ajudará a conseguir nada ilícito, não importa quem é você, qual a sua crença ou quais as suas posses

Muitas pessoas aproximam-se de nossos templos na intenção de conseguirem coisas que os próprios merecimentos lhes negam. Nos procuram visando o mal de alguém ou na intenção de conseguirem coisas ilícitas ou fraudes imaginando que os Guias da Umbanda pactuam com vagabundos. Normalmente são os canalhas endinheirados que agem dessa forma, julgam que tudo podem e se tornam vitimas dos quimbandeiros que os exploram até os ossos.
Se um templo atende seus freqüentadores dessa forma, ESSE TEMPLO NÃO É DE UMBANDA.
 
Não atende seus frequentadores com espíritos conhecidos como Exus ou Pomba Gira, por serem esses espíritos normalmente “mistificados” por espiritos ativos na prática do mal.

Uma grande confusão ocorre com a linha dos exus. Tratam aos exus da Umbanda como se fossem marginais do astral ou espíritos de baixíssima evolução.

Essa atitude não é correta!

Os exus da Umbanda não são demônios e nada têm em comum com o demônio católico ou outros apresentados pelas igrejas para amedrontar seus seguidores, na intenção de acuá-los psicologicamente. O maior problema enfrentado pelos exus são as mistificações que ocorrem em nome de sua linha, mistificações feitas por espiritos muito inferiores conhecidos como “quiumbas” originários da Quimbanda e por outros conhecidos como “kiumbas” originários da Quiumbanda, os quais apresentam-se como os exus verdadeiros e adotam seus nomes nos rituais desenvolvidos em locais normalmente de precária moralidade.

Ocorre que os exus não pertencem ao desenvolvimento dos rituais de Umbanda.
 
A origem da palavra EXU é africana (Iorubá) e significa “esfera” a forma geométrica perfeita, já que está de frente para todos os lados.
 
No Candomblé os exus são tratados e respeitados como Orixás menores ou intermediários entre os homens e os Orixás maiores. Lá são encarregados da defesa da casa e dos médiuns ou ainda, castigar aqueles que erram.
 
O Orixá Exu nada tem em comum com os exus da Umbanda.
 
Na Umbanda, a função dos exús é a defesa dos templos e dos trabalhadores desse templo, ao lado das falanges do Orixá Ogum, Orixá responsável pela manutenção da lei e da ordem no mundo astral e que exerce também grande influência na manutenção da lei e da ordem no mundo dos homens, na Umbanda os exus não tem a função de castigar e sim, defender.
 
Ocorre que se um templo permitir o atendimento de seus freqüentadores pelos exús, eles por serem muito mistificados, com o passar do tempo a deturpação ocorrerá nesse templo, tendo em vista que os mistificadores por serem malignos tentarão a todos custo desvirtuar os trabalhos de uma casa, “virando sua linha” para esquerda.
 
Os exús são assunto sério em qualquer templo. Trabalhar com eles requer altos conhecimentos de magia e alto índice de disciplina.
Fora dessa condição, é um grande erro evocá-los.
 
Se um templo trabalha com exús no atendimento aos seus freqüentadoresESSE TEMPLO DIFICILMENTE É DE UMBANDA.
 
Todas as religiões são egrégoras(*)

(*) Egrégora – Parte de uma idéia ou pensamento que passa a ser coletivo. As egrégoras podem ser positivas ou negativas e buscam incessantemente novos adeptos, quanto mais adeptos tiver uma egrégora, maior é o seu poder de atuação em qualquer polaridade.

Exemplos:
Positiva – O Cristianismo
Negativa – O nazismo
 
Observação:

Certa vez fui procurado por um homem que havia seguido o conselho de um amigo para buscar ajuda na Umbanda.

Os problemas apresentados foram todos materiais, alegou que precisava vender uma casa com documentação irregular, dois carros também com documentações irregulares, queria saber se um processo na justiça (onde ele era o errado) teria uma sentença favorável e (não podia faltar) ajuda para reconquistar uma antiga namorada.

Embora a minha vontade fosse outra, eu o aconselhei e informei que a Umbanda não tratava desses assuntos, ao lhe dizer isso, ele respondeu:

“Mas para o que serve afinal a sua religião se ela não pode me ajudar”?

Em seguida, mandei-o sair do terreiro e pedi que nunca mais voltasse.

Pois bem, é esse tipo de ser humano lixo que insfesta e infecta a nossa religião tal qual uma doença, essas pessoas são uma verdadeira praga.

Ele com certeza procurou pela Quimbanda e acabou sendo explorado pelos vagabundos e com o tempo deve ter entendido sua burrice.

Mas é dessa forma que muitos nos enxergam e os abestados deveriam antes comprender que:

“A Umbanda pode até ajudar as pessoas a resolverem seus problemas materiais como trabalho, emprego, negócios, etc. Porém, todos devem compreender que o primeiro objetivo de nossos Guias é fazer com que as pessoas encontrem com Deus primeiramente”!

“Um Templo de Umbanda é uma igreja e como tal deve ser respeitado”.

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