m nossos templos manifestam-se espíritos conhecidos como Caboclos, Pretos Velhos e Crianças.

São as principais entidades espirituais que trabalham na Umbanda diretamente ligadas ao nosso plano físico. Essas três classificações de espíritos formam o que é conhecido como triângulo da Umbanda. Desta forma, um médium que incorpore essas três linhas de trabalhadores, não tem a necessidade de incorporar ou de trabalhar com outras linhas de trabalhadores espirituais, embora esse fato ocorra em praticamente todos os templos de Umbanda.

Esses Guias e trabalhadores menores nos orientam no sentido de que possamos aprender a lutar contra a nossa vaidade, nosso egoísmo e nosso insano orgulho, causas primárias de todas as derrotas da humanidade.

Nossos Guias dedicam-se a psicoterapia espiritual dos encarnados e também dos desencarnados. Materialmente podem ajudar aos homens se necessário e espiritualmente. Ajudam ainda os desencarnados, doutrinando espíritos maus, trevosos, duros de coração.

Os guias da Umbanda em sua peculiar simplicidade direcionam seus ensinamentos àqueles que em sua simplicidade existencial, não conseguem compreender ou captar os ensinamentos de outras doutrinas ditas superiores. Desta forma os Guias da Umbanda podem até nos ajudar materialmente, porém, o primeiro objetivo de nossos Guias é nos fazer encontrar com Deus.

Por esse motivo lutam, fazendo valer o ditado de que os fins justificam os meios. Se para atingir o íntimo de um irmão menor, desesperado em conseguir coisas simples para alguns, como o sustento daqueles que lhe são caros, os Guias da Umbanda não vacilarão em utilizar uma linguagem, que somente esse irmão menor, em sua ignorância será capaz de compreender e fatalmente irão ajudá-lo materialmente, preenchendo o vazio material que procuraram na Umbanda.

Por esse motivo, devido à bondade de nossos Guias, com o passar do tempo, essas entidades passaram a ser exploradas pelas pessoas que compareceram aos nossos templos, pedindo-lhes ajuda para solução de problemas materiais esquecendo que o objetivo das entidades é espiritual.

Esse é o principal motivo das baixarias e safadezas praticadas em nome da Umbanda em templos de precária moralidade.

Os espertalhões de má índole, infiltrados em nosso meio, dedicados à exploração de miseráveis, aproveitaram essa situação e exploraram milhares de incautos e ignorantes, bem como, também os maldosos que procuraram pelos templos com o objetivo de obter coisas que os seus próprios merecimentos lhes negam.

Uma vez sanado o infortúnio, nossos guias dedicam-se em seguida à doutrinação dessa pessoa, fazendo-a despertar para a verdadeira vida e para a realidade das coisas, nos mundos material e espiritual. Alertando-as em relação à certeza da vida eterna, evitando desta forma que esse irmão menor venha no futuro incidir no mesmo erro, o erro de ter ficado longe de Deus, revelando-lhes as faltas que os levaram à derrota e ao sofrimento material.
 
Combatem também, de forma direta qualquer tipo de maldade, gerada ou não por feitiços.

Lutam para elucidar a grande confusão que existe entre a Umbanda e os cultos afros.

Lutam para extirpar de nosso meio a errada ligação de que a Umbanda tem origem no Candomblé e nos ensinam a distinguir a Umbanda da Quimbanda, ensinando-nos, desta forma, a distinguir o bem do mal.

Nos ensinam a desenvolver forças para lutar contra a hipocrisia, uma vez que todo ser humano é fraco, é falho e é hipócrita em suas fraquezas, já que ensinamos uma coisa e praticamos outra bem diferente em nossas fraquezas. Nos ensinam a crer em nosso grande Pai, Deus de infinita bondade e misericórdia, que multiplica em nosso caminho existencial os meios para nos tornar-nos fortes, fazendo-nos compreender que se transformam e evoluem aqueles que assim desejam.

Diversas vezes fomos procurados por gente muito interesseira, sempre de muitas posses, cujo único objetivo era o próprio bem estar e a ruína de seu próximo. A esses que nos procuraram com o objetivo de destruir, sempre os afastamos informando-os que estavam no local errado, visando o objetivo errado.

Conhecemos ainda, centenas de pessoas que se intitulavam Pais ou Mães de Santo, quando na realidade não eram nada, não passavam de lixo humano, hipócritas, que cresceram materialmente com grande rapidez, explorando a miséria ou a riqueza daqueles que os procuraram.

Tolos, esquecem-se que um grande contingente do mundo além os observa e a eles prestarão contas um dia, de todo dinheiro arrecadado em nome de Deus, seja de miseráveis ou não.

“O triangulo da Umbanda formado por Pretos Velhos, Caboclos e Crianças, travam verdadeira batalha contra a hipocrisia e a maldade natas no ser humano”!
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