Blog do Pai de Santo

01/04/2024 in Sem categoria

ESCOLAS DE UMBANDA – Que tipo de Umbanda é essa?

A UMBANDA ESTÁ PERDENDO SUAS ORIGENS!

Escolas de Umbanda

A Umbanda na sala de aula?

Comentário inicial do Pai de Santo.
As pessoas que procuram por escolas de Umbanda normalmente o fazem devido aos seguintes fatores:

– Quando médium não confiam no sacerdote de sua casa porque ele demonstra claramente que nada sabe, tendo em vista que normalmente não tem respostas para as duvidas de seus médiuns.

– É alguém que se diz médium, mas que por ser muito consciente, não consegue entender seu papel na corrente e como nada sabe, seu orgulho o obriga a buscar conhecimentos em outro local para que ele “não fique por baixo” em relação aos demais médiuns da casa.

– É alguém que abre um templo levado por seu orgulho e não por missão e como não sabe nada, vai buscar os “ditos” conhecimentos nas escolas de Umbanda. Porém, nessa situação, deveria antes confiar nos seus próprios guias e nos guias do demais médiuns de sua casa, essa conduta evitará obter conhecimentos que divergem das práticas umbandistas evitando assim, “deturpar ainda mais a própria religião“, tendo em vista a mostruosa deturpação que ocorre no ambiente umbandista, já que uma infinidade de costumes, rituais e cultos a certos Orixás que são cultuados apenas no Candomblé e somente lá deveriam ser cultuados e ainda pior; cultos e homenagens a certas entidades cultuadas somente na Quimbanda.

“Quando o orgulho grita alto na mente de um médium, esse médium fatalmente  encontrará a ruina na missão mediúnica”!
(Caboclo Arranca Toco)

Após 41 anos de trabalho ativo em corrente de Umbanda, fosse como médium onde iniciei minha missão mediúnica ou como Pai de Santo dirigente do Núcleo Umbandista São Sebastião, recentemente tenho refletido sobre uma realidade em nossa religião.

Essa realidade, no entanto, não é feliz!
Muito se fala de Zélio Fernandino de Moraes, médium que teve a missão de fundar oficialmente o primeiro templo de Umbanda no Brasil e muito ignorantes já o endeusam como o fundador da religião e isso não é verdadeiro, o médium Zélio apenas foi o primeiro sacerdote umbandista a registrar em cartório a fundação de seu templo, uma vez que existem relatos e registros históricos de outros templos anteriores a 1908, que trabalhavam sem registro. (Conhecimento sim, fanatismo não!)
Dele já ouvi falar muitas coisas e só posso admirá-lo em sua missão. De família católica atravessou situações realmente tormentosas, até o episódio na Federação Espírita de Niterói em 1908, quando o Caboclo das Sete Encruzilhadas se manifestou dando origem a pratica oficial da Umbanda no Brasil.
E existem relatos históricos de outras entidades que desenvolviam trabalhos espirituais pelo Brasil e que adotavam nomes como; Caboclo Cobra Coral, 7 Flechas, Arranca Toco, Pai João da Caridade, Mãe Anastácia e muitos outros. O Próprio Zélio no auge das manifestações que ocorriam em sua vida, foi levado por sua mãe a uma benzedeira que incorporava o espírito de um Preto Velho de nome Pai Antonio.
Naquela época o médium Zélio fundou 7 templos oficiais na cidade do Rio de Janeiro e esses mesmos templos nos anos seguintes, fundaram outras casas que somaram milhares de templos pelo Brasil..
Esse processo, no entanto, em seu inicio ocorria sempre da mesma forma, ou seja;
“O guia chefe e o Pai de Santo dessas casas iniciavam “somente” a outros médiuns iniciados em sua casa”.

 Nenhum Pai de Santo de Umbanda, que seja legitimo em sua coroação, passará os ensinamentos das defesas de uma casa, necessários para direção dessa nova casa a alguém que não seja iniciado por ele, tal qual fez Zélio Fernandino de Moraes com os seus. A iniciação ocorria, portanto, de um Pai de Santo genuinamente empossado, iniciando outro Pai de Santo com a missão que trazia do berço.

Nos anos seguintes ocorreu um fenômeno também muito infeliz.
Maus médiuns, dissidentes dessas e de outras casas sérias, que se julgavam em condições de dirigir um templo sem as raízes para tal, raízes com origem em seus berços, abriram casas sem o devido preparo, o que lhes trouxe sérios problemas de ordem espiritual e material, já que sem as bases corretas de segurança para dirigir um templo, passaram a absorver a carga obsessora dos freqüentadores e médiuns de suas casas. Na ânsia de ainda continuar com sua insana meta, levados pela obsessão e pelo orgulho, passaram a buscar conhecimentos no Candomblé e a partir daí, iniciaram-se as camarinhas, os sacrifícios de animais e outros dogmas do Candomblé dando inicio a deturpação de nossos rituais.
Por serem a Umbanda e o Candomblé cultos tão diferentes como a água é do óleo, a deturpação e as suas conseqüências foram e são ainda, um verdadeiro desastre em nossos cultos.
O Candomblé segue normas e princípios totalmente diferentes das praticas umbandistas e posso afirmar que as únicas coisas em comum em nossos cultos são a palavra “Orixá” e alguns de seus “fetiches”.
Criaram-se federações pelo Brasil cujo objetivo de seus dirigentes era apenas ganhar dinheiro de seus ignorantes filiados, formando sacerdotes sem base alguma para o que iriam praticar espiritualmente.
Diversas vezes fui procurado por pessoas que se intitulavam pais ou mães de santo, mostravam carteirinhas de federações que os autorizavam a abrir templos em qualquer local no território nacional, eram todos eles altamente perturbados e perseguidos espiritualmente, tanto que sempre vieram ao templo que dirijo em busca de ajuda.
Com a Internet a velocidade de propagação de informações aumentou assustadoramente, hoje é possível assistir aulas de Umbanda por esse meio, existem diversas escolas iniciáticas que se propõem a fornecer duvidosos conhecimentos para direção de um templo, mesmo que a pessoa interessada não tenha a mínima condição de compreender o que vai fazer da sua vida espiritualmente.
Para os que dirigem essas escolas o que lhes vale é o dinheiro, nada mais tem importância, para eles pouco importa o que irá ocorrer na vida dos que por eles procuram. Para angariar alunos, valem-se do argumento que todos têm o direito de saber e conhecer as regras e leis de conduta de um sacerdote umbandista e vão a cada dia mais passando ensinamentos duvidosos aos que os seguem.

Recentemente fui procurado por uma pessoa com grandes problemas de ordem material. Durante o relato essa pessoa informou que havia conhecido um pai de santo que lhe fez alguns trabalhos para lhe abrir os caminhos, mas o resultado saiu ao contrário e a pessoa passou a viver com maiores problemas, além daqueles que já possuia.
Relato – O tal pai de santo tinha 21 anos de idade. Não tinha terreiro e ia até a casa das pessoas para fazer “trabalhos”. Se dizia pai de santo por ter feito um curso para sacerdotes de Umbanda em uma das escolas que existem atualmente, mostrou certificado de conclusão do curso, fotos, etc.
Pois bem, ninguém com a missão sacerdotal chefiará um terreiro com menos de 10 ou 12 anos de trabalho ativo na corrente de um templo sério;
Mas para esse precário ser humano que fez o curso o que lhe vale é o seu insano orgulho, já que gosta de bater no peito e dizer: “sou um pai de santo”!

Para quem lhe deu o diploma, vale o dinheiro que arrecadou do infeliz!

Escrevem ainda livros sobre o assunto “Umbanda” e incutem nas mentes dos que os seguem, mais e mais duvidas.
Quem procura conhecimentos em escolas de Umbanda são normalmente aqueles que nenhuma condição apresentam para tal, mas levados pelo orgulho e pela vaidade, vão a cada dia mais freqüentando escolas e atraindo a perseguição espiritual daqueles que desejam ardentemente a sua derrota ou seja, a obsessão.
Recentemente chegou as minhas mãos o currículo do curso de uma dessas escolas, um curso para sacerdotes de Umbanda, sendo que existia a exigência de estar com as obrigações em dia, obrigações de 7 e 14 anos em dia, agora pergunto:

Que obrigações são essas?

São essas obrigações realmente necessárias na Umbanda se a origem delas é o Candomblé?
Nem eles mesmos sabem!
Entre os homens, no assunto religião existem basicamente três tipos de seres:

Os ateus.
Os fanáticos.
Os homens de fé.
Os ateus são os infelizes que descobrirão após a morte o quanto foram cegos.
Os fanáticos não distinguem a verdade da mentira e em tudo acreditam.
Os homens de fé por sua vez, seguem com retidão as suas religiões, submissos a Deus nosso Pai e respeitam as coisas santas.
Dos três, a maioria são os fanáticos e são eles as maiores vitimas das escolas de Umbanda ou de ensinamento totalmente deturpados de nossos rituais, obtidos em templos que não são de Umbanda, não importando o que aleguem ser os seus dirigentes em relação ao local e suas práticas, como exemplo;

As camarinhas,
As oferendas monumentais,
O desenvolvimento dos trabalhos com entidades de esquerda,
E os sacrifícios de animais.
Os que procuram por escolas de Umbanda traçam no próprio futuro a ruína mediúnica e desconhecem que a melhor escola de Umbanda é ao lado de um guia quando se é cambone(o) (médium auxiliar) participando de uma corrente séria, já que tem a oportunidade de aprender observando os guias em seus trabalhos, situação em que raramente um assunto é igual a outro.
Na Umbanda existe uma palavra muito pronunciada e cantada em nossos pontos, a palavra “mironga” que significa “conhecimento”, onde em qualquer situação, o conhecimento de um guia, a ele pertence, se o procedimento for copiado por mistificadores o resultado será sempre o mais funesto possível.

Um médico é um ser humano que vai a escola e lá recebe ensinamentos de altíssimos padrões, para que sejam usados na cura das doenças de seu próximo.

Um médium é um ser humano predestinado a ir a uma escola conhecida como corrente mediúnica e lá, passa a receber conhecimentos de altíssimos padrões sobre a espiritualidade e sobre as leis de causa e efeito do mundo astral, para que possa ao lado de seus guias, usar esses conhecimentos para ajudar seu próximo espiritualmente.

Em decorrência dessa lógica, buscar conhecimentos sobre as praticas umbandistas em escolas de duvidosos ensinamentos, é traçar no próprio futuro o fracasso mediúnico.

Hoje através da Internet temos a oportunidade de assistir a vídeos no Youtube mostrando descaradamente a coisa errada, hoje é possível assistir a vídeos mascarados de “coisa certa” mostrando sob a bandeira da Umbanda “rito de Quimbanda”.
Apresentam-se de vermelho e negro, mostram a todos os ignorantes em nossas práticas, as bebidas, as danças, as comidas, as entidades e as oferendas da Quimbanda. Somente um homem ignorante não consegue compreender que não há como servir a dois senhores, não há como ser umbandista e desenvolver dentro do mesmo chão sagrado (o gongá) rituais de esquerda.

E por ai vai…

Já visitei locais precários sob a bandeira da Umbanda e lá constatei as famosas viradas de linha, situação em que os mistificadores de exus (dos dois mundos) se dedicavam a enganar as pessoas mostrando como “coisa certa” o que era errado, cheguei a presenciar absurdos como quiumbas mistificadores de exus aplicando passes. A única coisa que se pode receber num passe desses é uma pesada carga de miasmas espirituais. (Miasma = emanação putrefata de organismo em decomposição).
E os frequentadores que desconheciam o ardil em que estavam, ficavam extasiados com o que viam nesses trabalhos, ficavam como que hipnotizados ao verem as mistificadoras da pomba gira dançarem alegremente.
Todas essas situações retratam a ignorância em nossas praticas mostrando o que não somos e não praticamos e a cada dia mais ensinamentos altamente errados são repassados aos ignorantes e os vaidosos que desejam bater no peito e dizer:

Agora sou um pai ou mãe de santo!

Podem até alegar isso hoje, mas com certeza não morrerão como tal.

As nossas praticas corretas foram ensinadas no inicio pelo médium Zélio e seus guias, ensinamentos claros da sucessão de uma casa ou do inicio de outra, fora essa conduta, tudo mais não passa de mera ilusão na mente doentia dos incompetentes mediúnicos.
Vale para isso lembrar esta passagem da história da humanidade.
Joseph Goebbels foi o ministro da propaganda nazista e dele partiu a seguinte frase:

“Uma mentira repetida mil vezes, passa a ser verdade”!

Com essa mentalidade Joseph Goebbels transmitiu mentiras ao povo alemão o que culminou por atingir os objetivos do nazismo ou seja, o ódio do povo alemão pelos judeus, colocando a Alemanha em situação vergonhosa perante a humanidade.

E isso também já ocorre hoje no ambiente umbandista, mentiras e mais mentiras ensinadas em escolas de Umbanda estão sendo praticadas como verdade em nossos rituais.
O resultado final dessa conduta para aqueles que fazem uso das escolas será apenas um;

“A derrota mediunica”!

Hoje se escrevem livros com mentiras sobre a Umbanda e sobre a forma de cultuar aos Orixás, ensinam que nas oferendas aos Orixás, como exemplo a Iemanjá, que a sua bebida é champanhe(?), bebida de origem francesa que com certeza não existia na Africa, portanto, nossos irmãos africanos não tinham como conhece-la.
Mas essa mentira vem sendo repetida milhares de vezes, consequentemente, com o passar do tempo apesar de ser uma mentira, passou a ser praticada como uma verdade, como a coisa certa, embora esteja totalmente errada. Hoje é comum vermos a garrafa de champanhe nas obrigações a Iemanjá, nesse aspecto a deturpação já ocorreu.

Hoje existem cursos de magia disso ou daquilo, mas qual o beneficio que terá uma pessoa em adquirir esses conhecimentos de duvidosa origem?

Os que ministram esses cursos visam apenas o dinheiro que arrecadam com eles e deveriam atentar para o seguinte ensinamento de nosso mestre Jesus:

https://evangelhoespirita.wordpress.com/capitulos-1-a-27/cap-21-falsos-cristos-e-falsos-profetas/instrucoes-dos-espiritos/iv-jeremias-e-os-falsos-profetas/

Muitos poderão dizer no futuro frente aos tribunais Divinos:

“Senhor, somos vossos filhos, praticamos os vossos ensinamentos, pregamos e ensinamos suas leis e afastamos os demônios em Vosso nome”!

Se foram mentirosos e visavam apenas o dinheiro que poderiam arrecadar em nome de nosso Pai, com certeza poderão ouvir a seguinte frase:

“Aparta-te de mim maldito, pois não te conheço, se fosse meu filho não teria praticado iniqüidades”!

Quem planta, colhe!

Veja que interessante:

Recentemente assisti um video de uma das escolas de Umbanda que rodam na Internet e nas redes sociais.
Seu locutor ensinou pelo video;

“Como assentar seu exu”!

Colocou lá um alguidar, vela cruzada, farofa, cachaça, toalha vermelha, charuto e pimenta.

Fez uma demonstração de como fazer o assentamento em sua casa ou no terreiro, ocorre que o que foi ensinado nada mais foi do que um despacho ridiculo sem objetivo ou um simples agrado para um quiumba, digo quiumba, por que exu não aceita as coisas dessa forma.

Com  a seguinte agravante:

Quem faz o assentamento de um exu é o próprio exu, e não o seu médium, o médium apenas providenciará os utensilios  que o exu vai usar no assentamento que nunca é feito dentro de uma residencia ou comércio!

Pois bem, para um leigo o que foi ensinado pode parecer maravilhoso, mas para quem é médium sério e conhece o que faz, o que foi mostrado não passa de “coisa alguma”!

Ao entrar em contato com o tal mestre que ensinou a baboseira pedindo explicações, recebi dele um e-mail mal criado perguntando por que eu estava interferindo no “NEGÓCIO DELE”?

O apedeuta desconhece que Umbanda é religião e não um negócio e a mediunidade é Coisa Santa e não um negócio.

Mas que sigam em frente com seus negócios e após a morte que virá um dia, que expliquem ao juiz como foram
feitos os seus negócios!
“Não existe um jeito certo de fazer coisa errada”!
Exu da Capa Preta
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