Blog do Pai de Santo

01/04/2024 in Sem categoria

A LINGUA – (Não fale mal do próximo, o passado não muda mais)

Comentário do Pai de Santo

Há muitos anos atrás em uma de nossas giras de desenvolvimento, o Caboclo Arranca Toco nos transmitiu a mensagem abaixo visando mostrar a corrente do NUSS uma forma eficaz para não se fazer inimigos.

A mensagem explica através de uma simples história a incapacidade de um homem de entender as fraquezas de seu próximo e a grande sabedoria de um escravo.

Leia!

 

A LÍNGUA

Em País distante e em época remota, havia um homem honrado que se chamava João. Muito rico, poderoso e possuidor de muitos escravos, João era um bom homem, muito trabalhador e procurava ser justo em todos os seus negócios, seus afazeres e com as pessoas que o cercavam.

Certo dia, João andava pela rua e encontrou um amigo que não via há muito tempo. A alegria de revê-lo foi muito grande, abraçou-o fortemente, foram a uma taverna e beberam juntos, relembrando bons tempos passados. Na despedida João convidou o amigo para ir a sua casa naquela noite, para conhecer a sua família e com ele sentar a mesa e continuar relembrando os bons tempos.

Ao chegar em casa, João chamou o escravo mais velho que possuía e também aquele em que mais confiava e ordenou ao escravo que preparasse um jantar para o amigo que viria a sua casa naquela noite, com a seguinte

“Hoje a noite virá a esta casa um grande amigo que não vejo há muito tempo, pegue esta moeda, vá ao mercado e compre com ela aquilo que de melhor encontrar e prepare o jantar para meu amigo”.

O escravo em obediência ao seu senhor, foi ao mercado e comprou com a moeda uma língua de boi.
Preparou a língua com grande requinte dando ao prato um visual e um paladar admiráveis, tanto que recebeu elogios do convidado ao escravo que havia preparado o prato.

Altas horas e o amigo recolheu-se a um dos aposentos da casa de seu anfitrião, pois João não permitiu que ele fosse embora, insistindo que ficasse aquela noite em sua casa.

Quando o dia clareou os dois amigos abraçaram-se e o convidado foi embora. Passados alguns dias, João andava pela rua e encontrou um outro amigo, que lhe revelou que o amigo que há alguns dias estivera em sua casa, andava difamando-o na cidade, sob a alegação de que a sua fortuna fora conseguida por meios ilícitos e que João era homem de honra duvidosa.

Enfurecido, João foi para casa e mandou um de seus escravos ir a procura do amigo que o difamou e mandou convidá-lo novamente para vir a sua casa.

O escravo retornou após algum tempo e informou seu amo que o convite fora aceito.

João chamou então o escravo que havia preparado o jantar na noite em que o falso amigo estivera em sua casa e alertou o escravo, dando-lhe a seguinte recomendação:

– Lembra-se do homem que esteve nesta casa, que aqui foi recebido como um filho? O escravo responde que sim e João enfurecido ordena.

– Vá ao mercado com esta moeda e compre com ela aquilo que pior encontrar e prepare um péssimo jantar para este homem!

O escravo obedecendo ao seu senhor foi ao mercado e preparou um novo jantar como ordenado.

Com a chegada do falso amigo, João ordenou que o jantar fosse servido e para seu espanto, o velho escravo havia preparado uma língua de boi, exatamente igual à primeira, recebendo novamente elogios do convidado, que se retirou em seguida. Após acompanhar o falso amigo até a rua, João entra em casa enfurecido, chama o escravo aos berros e o indaga:

– Mando você preparar com uma moeda o melhor jantar que já fez e você apresenta uma língua de boi. Mando você preparar com uma moeda o pior jantar que já fez e você apresenta uma língua de boi. Explique-se e que a explicação seja boa, pois se não for, eu mesmo vou açoitá-lo!

O velho escravo, muito sábio, então responde:

– Meu senhor, a língua pode ser a melhor coisa do mundo ou então a pior, a diferença estará sempre no uso que se faz dela! 

João reconhecendo a sabedoria do escravo que só queria mostrar-lhe que estava cego pelo ódio e que esse ódio iria prejudicá-lo, mandou o escravo se retirar.

Esta história ensina apenas uma coisa:

SE VOCÊ NÃO PUDER FALAR BEM DE ALGUÉM, NÃO FALE NADA!

Fale bem das pessoas sempre que possível. Se não puder elogiar ou falar bem, nunca critique, porque a crítica fere e ninguém gosta de ser ferido. Você com toda certeza não gosta.

Policie os seus pensamentos, suas atitudes com as outras pessoas e acima de tudo a sua conduta, evite ser o elo que se rompe na corrente. Evite ser eliminado do ambiente que tanto diz amar, evitando assim, expiar pelo mundo a sua insanidade.

As palavras daninhas, transmitidas de boca em boca, sempre aumentarão muito a gravidade do assunto. Leia o Capitulo X: 16 – do Evangelho Segundo o Espiritismo e aprenda o certo a fazer nesses assuntos, com certeza após a leitura você aprenderá uma grande lição.

Se o modo mais rápido de destruir uma igreja seja ela qual for, são as mentiras e as mesquinharias, antes de agir como o João da história relatada, verifique antes se é verdade o que escuta de outras pessoas.

Compreenda que quem desdenha quer comprar, desta forma, aquele que difama, tem algum tipo de interesse mesquinho em seu ato insano. Toda vez que tive esse tipo de problema, sempre coloquei as pessoas que falavam e as que eram faladas, frente a frente e desta forma descobria a verdade e afastava em seguida os caluniadores do meu convívio e do meu terreiro.

Se pessoas boas se aproximam de você, aproximam-se também os maus e mentirosos.

Passe-os na peneira e permita que permaneçam ao seu lado apenas os bons de coração e os inclinados para a pratica do bem.

Quanto aos maus, deixe que se vão, porque já vão tarde demais de sua vida.

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