Blog do Pai de Santo

01/04/2024 in Sem categoria

A DEMANDA SOBRE A MÃE DE SANTO. Que tipo de Umbanda é essa?

Demandas sobre o médium chefe de um terreiro

Todo Pai ou Mãe de Santo são atacados espiritualmente. Apesar de serem muito bem guardados e protegidos por seus Guias e protetores, o mundo espiritual inferior visa sempre o ataque aos dirigentes de uma casa por uma simples e lógica dedução militar. O médium chefe é a viga que sustenta em pé a estrutura de uma casa, se essa viga ficar aprisionada a uma cama ou vier a ser derrubada, desabará com ela a estrutura dessa casa; da mesma forma que se o general comandante de um exército vier a ser aprisionado ou morto, o seu exército irá sucumbir por estar sem aquele que o comanda. Leia o relato abaixo:

Certa vez fui procurado e recebi o pedido de ajuda do filho da corrente de um pequeno terreiro. Esse médium, cegamente voltado para sua missão, relatou que uma grande demanda havia sido atirada sobre a sua Mãe de Santo e que ela estava acamada e muito doente. Marquei a visita a casa da Mãe de Santo para os dias seguintes, no sentido de verificar o que realmente estava ocorrendo e em que poderia ajudar.

Quando cheguei ao local, o jovem médium aguardava por mim na entrada da casa ansioso e muito alegre. Durante o contato, o rapaz informou que estava feliz por minha visita, mas graças a Deus não haveria mais necessidade da minha ajuda, já que duas noites antes o Pai Pequeno do terreiro havia resolvido fazer um descarrego na Mãe de Santo e que tudo estava resolvido. Fiquei também muito feliz ao ouvir a boa notícia, perguntei que tipo de descarrego havia sido realizado e com o relato do rapaz fiquei decepcionado.

O jovem médium informou que o caboclo do Pai Pequeno havia realizado um trabalho, no qual o exú (Quiumba) responsável pela queda da mãe de Santo havia sido aprisionado por ele. O quiumba muito violento, na ocasião do descarrego,  informou que se não fosse presenteado e muito bem presenteado pela Mãe de Santo, que ele não iria embora(?)  e com o tempo lhe tiraria a vida e para sair de perto da pobre Mãe de Santo e dela retirar a carga enfeitiçante o quiumba exigia nada menos que o sacrifício de um bode e pasmem, o tal caboclo do Pai Pequeno concordou em ceder o sacrifício que fora realizado nas matas na noite anterior.

Esse relato deixa claro apenas uma coisa:

Naquele trabalho não havia caboclo algum e ouve mistificação do Pai Pequeno ou então, o tal caboclo era um quiumba que mistificava um caboclo.

O raciocínio é simples:

Um caboclo é um espírito iluminado com força espiritual de elevada envergadura. Agora onde está a força do tal caboclo que permitiu que o tal quiumba recebesse um bode como pagamento para se afastar da mãe de santo, onde estavam as forças do bem naquela noite que permitiram tal atrocidade com o pobre animal?

Concordar com essa atrocidade foi o mesmo que passar um atestado a todos os presentes, de que as forças do mal podem vencer as forças do bem, já que o quiumba se mostrava mais forte que o caboclo e que todo o aparato espiritual superior que acompanha um caboclo, não tem valor algum, já que o tal caboclo permitiu o sacrifício.

Na realidade o que lá foi realizado nada mais foi do que presentear com o sangue do pobre animal uma entidade imunda, que sem dúvidas já rondava e freqüentava aquela casa, já que a entidade espiritual dirigente séria e verdadeira, havia se afastado de lá há muito tempo, por não encontrar mais naquele local os meios para poder ensinar algo de positivo aos seus freqüentadores.

E tem mais, onde estão todos os outros caboclos, pretos velhos, baianos, boiadeiros, a linha de Ogum e os exús guardiões dos outros médiuns da casa, que se acovardaram diante da demanda com o tal quiumba?

Uma coisa posso lhe garantir, em um terreiro sério, o tal quiumba teria duas opções:

1 – Se ele fosse inteligente, desmancharia rapidamente o que havia feito e iria embora com as próprias pernas, enquanto ainda podia andar livremente.

2 – E se não fosse inteligente, seria afastado violentamente do local e da vida daquela mulher e seria levado a um local do qual não conseguiria voltar para perturbar mais ninguém. Tal qual fazemos com os marginais, ele seria entregue a linha de Ogum, que o levaria a um local distante e lá o deixariam aprisionado.

 

Comentário do Pai de Santo.

Locais como aquele o nosso País está repleto, está repleto de fanáticos e ignorantes, que buscam uma solução aparentemente mais fácil para solução de problemas.

Se a tal Mãe de Santo fosse verdadeira, ela diria “não” ao caboclo e ao quiumba não aceitando ceder o sacrifício. Ela confiaria em Deus primeiramente e em seus Guias, se realmente ela fosse verdadeira em sua fé.

Se algum dia vier a acontecer comigo um fato como esse, (o que acho muito difícil) eu vou morrer da demanda, porque jamais cederei o sacrifício, ainda que de um simples camundongo a um espirito maligno.

Aceitar essa situação será provar que tudo o que aprendi e ensinei até hoje é mentira, será provar que as forças do mal podem vencer as forças do bem, passando a nosso Grande Pai, aos Orixás, aos nossos Guias e protetores, um atestado de incompetência e falsidade.

Na realidade aquela Mãe de Santo não era nada, vivia ela de seu insano orgulho e vaidade, mostrando aos cegos e ignorantes que a seguiam, forças que ela não possuía, mas mostrava-se forte e competente aos seus seguidores, quando na realidade ela não era nada, não passava de uma simples mistificadora.

Após perguntar ao rapaz se os sacrifícios eram normalmente realizados no terreiro, ele não soube informar com certeza, mas acreditava que eram feitos periodicamente. Essa é a prova de que aquela Mãe de Santo era também de moralidade precária, que era obsidiada e que provavelmente em sua iniciação recebeu os ensinamentos corretos do próprio Guia, mas não os seguiu com dedicação, por esse motivo, forçou o afastamento da entidade iluminada, permitindo a aproximação do astral maligno em sua casa.

Raciocine comigo:

Imagine que um marginal lhe ameaça a vida.

Você vai até a delegacia e apresenta queixa ao delegado.

O delegado prende o marginal e o leva a sua presença.

O marginal, na frente do delegado, o ameaça e diz que para não matá-lo você deve presenteá-lo com armas, munição e dinheiro e o delegado concorda.

Agora pergunto, que delegado é esse, que pactua com o marginal?

O raciocínio e a resposta são lógicos, o delegado é igual ao marginal.

Algumas pessoas de pequena fé no meio umbandista deveriam procurar outras religiões que aceitam gente de cabeça pequena, já que não estão preparadas para compreender o que pratica a Umbanda. Conversando ainda com aquele jovem médium, ele relatou que a sua Mãe de Santo sempre sentiu dores nos braços e que apesar das freqüentes visitas ao médico não conseguia a cura.
O despacho com o bode havia sido feito devido as dores daquela mulher terem aumentado muito e que na sua pequena cabeça, o aumento das dores era resultado de uma demanda. Aquela infeliz desconhecia que certas dores inexplicáveis são kármicas, que trazemos da existência anterior certas situações nas quais somos punidos por causa de determinados abusos em vidas anteriores.

Três meses depois, encontrei o jovem médium que informou que as dores da Mãe de Santo haviam voltado.

Agora, por esse motivo, a ignorante Mãe de Santo sacrificou o pobre animal, tirou a vida do animal para amenizar sofrimentos que não serão amenizados porque assim deseja nosso Pai.

As pessoas que sofrem dores inexplicáveis devem compreender que as causas são punitivas, já que no passado abusaram do livre arbítrio e todo abuso nesse sentido, gera sempre conseqüências dolorosas.

Se a casa que você freqüenta, sacrifica animais, caia fora de lá enquanto ainda pode e procure ambiente mais sadio enquanto é tempo, não seja fanático.

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