Farsantes que se dizem médiuns
(Desejam apenas as luzes da ribalta!)
Na atualidade como nunca no passado, as redes sociais invadem nossas vidas com seus vídeos e mensagens, muitos de origem e ensinamentos duvidosos, farsantes de todo tipo chegam até nós por esse caminho.
Hoje no nosso ambiente o que mais se vê são vídeos mostrando apenas entidades com indumentárias nada comuns em nossos rituais.
No lugar do tradicional “branco” se valem das roupas vistosas e coloridas, e propagam anúncios convidando as pessoas a comparecerem aos rituais, mas sempre com linhas de esquerda, onde dançam e cantam alegremente.
Em visita a um desses locais havia na porta de entrada uma placa com avisos alertando aos frequentadores sobre roupas inadequadas, coisa do tipo:
“Não permitimos a entrada de mulheres usando mini saia, roupas muito justas, decotes grandes, tomara que caia, blusa de alcinhas, etc.”!
“E não ingerir bebidas alcoólicas quando comparecerem aos trabalhos”!
Pois bem, iniciada a abertura dos trabalhos que foi feita normalmente, em seguida teve inicio a incorporação da entidade da mãe de santo, mas a indumentária dela feria os procedimentos exigidos aos frequentadores da casa, a pomba gira vestia um vestido longo, vermelho, muito justo e com “decote tomara que caia”!
Em seguida entregaram em suas mãos uma garrafa de champanhe!
E a tal pomba gira começou a dançar e girar alegremente no gongá segurando a garrafa, as jovens sentadas na assistência ficavam maravilhadas com o que estavam assistindo.
Os pontos cantados tinham letra ameaçadora, coisas do tipo: matei meu marido com 7 facadas, etc.
Vamos analisar:
Um ambiente se diz religioso e templo de Umbanda também é uma igreja, as pessoas procuram a Umbanda por saberem que a Umbanda se dedica a ajudar as pessoas que procuram por nossos templos, desta forma, deveriam ouvir mensagem de encorajamento e não:
Vou destruir seus inimigos!
Vou destruir os inimigos da Umbanda!
Como assim destruir?
A Umbanda não destrói nada e a Umbanda não tem inimigos, não há porque um local destinado ao bem das pessoas que vão a esse local, fazer o mal aos que lhe são adversários em qualquer nível e ter por lá, espíritos que se dediquem a fazer o mal.
O mesmo procedimento ocorreu com a linha seguinte, a linha dos malandros, que desenvolveu seu comparecimento regado a cerveja e cachaça.
Chamado para conversar com o tal malandro que se disse chamar Zé Navalhada, (que deveria saber quem eu era), perguntei a ele qual o objetivo de sua linha nos trabalhos e ouvi o seguinte relato dele, já bem alcoolizado:
– Quando estava na Terra vivia na favela, fiz muitas coisas erradas na vida, namorei muitas mulheres na boemia, fui ladrão, fui traficante, fui drogado, fui alcoólatra, troquei tiros com a polícia, fui preso, etc, mas hoje uso o que vivi (a malandragem) para ajudar as pessoas!
Como assim ajudar as pessoas?
Após a morte continuamos a ter a mesma índole e o mesmo caráter, nada mudará o que somos, aquele espirito era um farsante, seu objetivo no local era o vampirismo das energias no ambiente, ele não estava lá para ajudar ninguém, ele queria apenas se abastecer das energias armazenadas no ambiente, já que o seu perispírito que carregava os traços de seus vícios, precisava se reabastecer.
O local era uma farsa!
De outra vez em visita a um terreiro chefiado por um “preto velho” de inicio nada vi de anormal, as pessoas foram atendidas dentro dos procedimentos considerados normais para essa linha. Resolvi ficar até o final e fiquei decepcionado com o que vi.
No final o tal preto velho pediu para os médiuns da casa escrevem num papel o nome de seus inimigos ou pessoas com quem tinham alguma diferença.
Em seguida ordenou que uma lata grande fosse colocada no meio do gongá e mandou que os papeis fossem jogados na lata e sem seguida disse:
– Joguem álcool na lata e acendam o fogo por que eu vou queimar os inimigos de todos vocês!
Como assim vou queimar?
Os pretos velhos são ferrenhos defensores do Evangelho de Jesus e pregam o perdão das ofensas, aquele procedimento retrata apenas uma coisa:
– Eram todos mistificadores, os médiuns e o mundo espiritual presente no local!
Para os infelizes frequentadores vale esta frase do Exu da Capa Preta:
“Quem procurar água no esgoto não encontrará o que beber!”
Vou explicar:
– Quem procura por água é porque está com sede, se é num local religioso é porque está com sede de ajuda espiritual, conforto e coragem para vencer seus obstáculos do dia a dia.
Mas se procurar no local errado não encontrará o que procura, na fossa não existe água, num local errado não existirá a ajuda, existirá apenas podridão moral!
“Que cada um receba de acordo com sua obra e que seja levado ao seu lugar de direito!”
(Caboclo Arranca Toco)
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